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30.10.12


O fato da maconha não ser legalizada no Brasil traz um grande debate acerca de seu uso para fins medicinais – já que nem para isso ela é liberada por aqui. Várias pesquisas já provaram que a maconha pode beneficiar pacientes de câncer, Aids, glaucoma e esclerose múltipla. Mas como é que os médicos poderiam receitar a erva, se ela é proibida? Será que as pessoas usariam maconha para se tratar, já que normalmente só conhecem o lado negativo da droga? Esses são alguns dos debates que ainda parecem sem solução. 

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Os benefícios medicinais que a planta traz já são conhecidos há pelo menos seis mil anos, quando chineses já relatavam sugestões de uso da maconha para tratar a asma, cólicas menstruais e inflamações de pele. Até 1937, empresas dos Estados Unidos comercializavam chás feitos com substâncias da maconha para combater asma, dor e estresse. O negócio fechou as portas quando a erva foi proibida no país. 
Mas é importante deixar claro que a erva não faz só bem ao corpo, como alguns defensores da legalização defendem. Quando não é usada adequadamente ou com acompanhamento médico, a substância pode ser prejudicial à saúde em vários aspectos, como na perda de memória, noagravamento de sintomas da esquizofrenia, além de disfunção erétilesclerose múltipla e até mesmo encolhimento do cérebro
Esse artigo não pretende defender ou não a legalização da maconha ou fazer apologia ao uso da planta, apenas mostrar as propriedades medicinais que já foram descobertas. Abaixo, confira algumas das doenças que a maconha pode ajudar a combater: 
1 – Câncer
A canabis não cura o câncer, mas alivia o sofrimento causado pela quimioterapia, diminuindo as crises de náusea e vômitos. Isso pode ser essencial no tratamento, já que muitos pacientes desistem dele por não aguentar as reações causadas no organismo. Em uma pesquisa feita em 1991 pela Universidade Harvard (EUA), 70% dos médicos que tratam câncer afirmaram que recomendariam o uso de maconha se ela fosse legalizada nos EUA. Nesse mesmo ano, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu a maconha como medicamento. 
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2 – Aids
A cura definitiva para a Aids ainda não foi encontrada. Mas os portadores da doença podem conseguir um efeito importante no corpo usando a erva natural: o aumento de apetite. Sim, isso que popularmente conhecemos como “larica”. Pacientes com Aids podem perder até quatro quilos por mês e morrer por desnutrição. Mas a maconha não é indispensável, já que existem outros medicamentos que produzem o mesmo efeito. 
3 – Dor crônica
No início dos anos 90, foi descoberta uma substância na canabis que é muito eficiente no combate à dor. A erva natural é tão eficaz nisso que esse efeito já aparece em relatos chineses de mais de quatro mil anos. Um americano chamado Burton Aldrich, tetraplégico, afirmou que a maconha foi a única solução para o fim das dores insuportáveis que ele sentia. “Depois de cinco minutos fumando maconha, os espasmos foram embora e a dor neuropática desapareceu”, afirmou ele. 
4 – Glaucoma
O glaucoma faz com que a pressão no olho aumente, o que torna a doença a maior causa de cegueira no Brasil. A maconha diminui essa pressão na órbita ocular, pois o THC – substância química que compõe a planta – controla a ação dos líquidos que correm na córnea e na íris. 
5 – Ansiedade
Chocolate, cigarro, chicletes… muitas pessoas tentam combater a ansiedade com essas substâncias. A maconha é proibida, mas também pode ser usada para tentar diminuir a agitação. Algumas pessoas, principalmente as que não estão habituadas à erva, podem ter o efeito oposto, entretanto. A maconha é usada também para o tratamento da depressão e insônia – que podem surgir em decorrência da ansiedade em excesso. 
[Enrironmental Graffiti/Super/HSW]

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