É difícil imaginar Titanic sem o casal Jack e Rose, vividos por Leonardo DiCaprio e Kate Winslet. Mas, é claro, outro atores e atrizes fizeram o teste para ficar com o papel – e acabaram rejeitados pelo diretor.
Na lista, figuram alguns nomes bem interessantes: enquanto do lado feminino algumas atrizes como Angelina Jolie, Jennifer Aniston, Drew Barrymore, Milla Jojovich e até a rainha do pop Madonna cobiçaram o papel, do lado masculino Leo teve alguns concorrentes de peso, como Johnny Depp, Brad Pitt e Macaulay Culkin.
Os produtores, aliás, tinham outro queridinho separado para o papel de Jack: o ator Matthew McConaughey (Como perder um homem em 10 dias). Foi Cameron que insistiu que DiCaprio era perfeito para o papel.
Em tempo: Robert DeNiro estava escalado para viver o Capitão Smith, mas teve que desistir do papel por problemas de saúde.
Fato #2: Os desenhos são do diretor, James Cameron
Todos os desenhos de Jack mostrados no filme – inclusive o icônico retrato de Rose, usando apenas o colar – foram desenhados pelo diretor do filme, James Cameron. Aliás, na cena em que Jack faz o desenho, são as mãos de Cameron que aparecem!
Fato #3: O verdadeiro J. Dawson
Apesar de Jack Dawson ser um personagem de ficção, após a estreia do filme nas telonas, James Cameron veio a descobrir que realmente existiu um J. Dawson que morreu no naufrágio do Titanic.
A sepultura do verdadeiro J. Dawson – que na verdade, era Joseph Dawson – é a mais visitada do cemitério de Halifax, onde está enterrada a maioria das vítimas da tragédia. Joseph, ao contrário de Jack, trabalhava no porão do navio e não ganhou sua passagem em uma aposta.
Fato #4: Os “errinhos” do filme
Um dos filmes mais populares de todos os tempos está cheio de pequenos deslizes. Aliás, o site Movie Mistakes lista 230 erros em Titanic – incluindo câmeras e equipamentos que aparecem por alguns segundos, erros de sequência e até equívocos históricos.
Alguns dos melhores (piores?):
• Quando o navio empina, um pouco antes de partir ao meio, as pessoas caem e são arremessadas contra as partes da embarcação. Em alguns momentos, é possível perceber que os objetos atingidos são macios, feitos de espuma.
• Em algumas cenas da noite do naufrágio, vemos as luzes da cidade ao fundo – o que seria impossível, já que o navio naufragou no meio do Oceano Atlântico.
• No momento em que o navio é partido ao meio pelo seu próprio peso, é possível ver os cabos que puxam os atores para o buraco formado.
Fato #5: DiCaprio não queria o papel
O ator, que tinha então apenas 21 anos, hesitou em aceitar um papel de galã.
“Seu personagem não passa por nenhum tormento [psicológico], e Leo antes e depois em sua carreira sempre buscou aquela nuvenzinha negra”, explicou Cameron. “Meu trabalho foi convencê-lo de que seria um desafio fazer o que Gregory Peck e Jimmy Steward fizeram nas gerações anteriores, de estar lá e ser forte e prender a atenção do público sem parecer fazer muito esforço. Só quando eu o convenci de que o papel seria difícil é que ele ficou entusiasmado com o filme.”
Fato #6: Personagens baseados em pessoas reais
Alguns dos personagens que aparecem em Titanic foram inspirados por pessoas reais que estavam a bordo do navio.
Um dos casos mais notórios é de Molly Brown, interpretada no filme pela atriz Kathy Bates. No filme, ela como uma mulher forte e bondosa, que ajuda Jack em diversos momentos.
Molly tornou-se rica da noite para dia com o sucesso de seu marido, Jim, mas nunca foi bem aceita pelos nobres de seu tempo. Vista como muito exuberante, ela era socialmente excluída.
Durante o naufrágio do Titanic, Molly mostrou coragem exemplar. Manteve o ânimo e dos que estavam em seu bote salva-vidas, contando histórias das dificuldades de sua infância pobre, e ainda voltou para o local do naufrágio com seu bote para salvar os possíveis sobreviventes.
Depois da tragédia, Molly tornou-se famosa sob a alcunha de “a inafundável Molly Brown”.
Outro caso, de final bem mais trágico, é do casal Strauss, donos da loja Macy’s em Nova York.
Ida e Isidor Strauss eram casados há 41 anos na época do desastre. Quando os passageiros começaram a embarcar nos botes, Ida recebeu uma vaga – que ela prontamente recusou, respondendo que havia vivido com seu marido, e com ele iria morrer.
O casal é retratado em uma das cenas mais tocantes do filme, em que um casal de idosos abraçam-se enquanto a água inunda seu quarto.
Havia também no filme a cena em que a esposa resolve ficar com o marido, mas a cena foi cortada da versão final. Assista abaixo:
Fato #7: Alguns truques com tamanhos
Para tornar o filme mais impactante, Cameron usou vários truques com tamanho.
Por exemplo, todos os trabalhadores das caldeiras do navio têm no máximo 1,50 m de altura. Como todos são baixos, mas de porte atlético, você tem a impressão de que na realidade eles são altos, e que portanto o porão do navio é muito maior do que o cenário realmente era.
Outro truque foi vestir Kate Winslet, nas cenas do naufrágio, com um casaco desproporcionalmente grande, 4 números maior do que as demais roupas que ela utilizou ao longo do filme. A peça é gigantesca, mesmo se levarmos em consideração que foi emprestada por outro personagem, Cal.
Cameron utilizou-se desse recurso para destacar a vulnerabilidade de Rose durante a situação de perigo.
Fato #8: Água quente
Á agua do oceano em que atores e figurantes estão no final do filme era, na realidade, quentinha. A temperatura da água era de aproximadamente 27º C. Todos os indícios de que aquela seria a gelada água do norte do Atlântico tiveram que ser colocadas digitalmente depois.
Existem exceções à regra da água agradável. Na cena em que Rose volta para salvar Jack, a água utilizada era do Oceano Pacífico. A temperatura da água era tão baixa que a reação da personagem ao mergulhar é, na verdade, a reação de Kate Winslet.
Fato #9: Nada de música!
Cameron era absolutamente contrário a incluir qualquer canção na trilha sonora do filme. O compositor James Horner combinou com Will Jennings e Céline Dion de escrever a canção My Heart Will Go On – que tornou-se um dos símbolos do filme – em segredo, e só apresentou a canção a Cameron quando um demo já estava gravado. O diretor gostou tantou que, apesar do truque, permitiu a inclusão da canção durante os créditos de encerramento.
Fato #10: Na base do improviso
Muitas das passagens mais memoráveis de Titanic resultaram de improvisos dos atores.
A pedido do diretor, por exemplo, DiCaprio e Winslet tiveram que improvisar a cena em que Rose agradece a Jack por ter salvo sua vida. Foram os atores que criaram a ideia da “aula de cuspe”.
Cameron também atribui a Winslet a trágica fala “Jack, foi aqui que nos conhecemos pela primeira vez”, dita por Rose nos momentos finais do naufrágio. A atriz também optou por cuspir no rosto do vilão Cal, ao invés de agredi-lo, como estava previsto no script.
Fato Bônus: o livro vidente
Quatorze anos antes do naufrágio do Titanic, o autor Morgan Robertson escreveu um livro, chamado Futility, the wreck of the Titan, com bizarras coincidências.
O romance contava a história de um navio chamado Titan, considerado “inafundável e indestrutível”, que partiu da Inglaterra rumo a Nova York. O Titan, então, foi atingido por um iceberg na lateral de seu casco, e afundou no Atlântico – levando a vida da maioria dos seus passageiros, por falta de botes salva-vidas.
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